quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cadê os candidatos ?

    As convenções partidárias acontecem entre 10 e 30 de junho para que possam ser definidos pelos partidos os candidatos as prefeituras e câmaras dos municípios e a partir daí começar de vez a campanha eleitoral. Inúmeros blogs, rádios e até mesmo jornais impressos não cansam de especular nomes de prefeitos e vices dando uma tremenda confusão na cabeça do povo. Querem advinhar de tudo quanto é jeito para demonstrar credibilidade.

O eleitor acaba perdendo sempre em ano de eleição. Esse momento os pré candidatos estão negociando e não será surpresa se antigos desafetos se unirem em busca do poder. Pessoas brigam, perdem tempo, criam inimizades por seu candidato, fazem tudo mesmo e no fim se desgastam onde a situação piora quando os adversários se unem com a cara mais deslavada possível. Alguns órgãos de imprensa só estão preocupados em especular e tentar adivinhar nomes para no final tentar mostrar credibilidade. Hoje citam inúmeros nomes e quando um é confirmado se vangloriam como se tivessem advinhado.

O certo é esperar a oficialização sem temer surpresas pois vale de tudo pelo poder e partindo deste ponto chegaremos a candidaturas inesperadas atualmente mas que não serão novidades em se tratando de um país chamado Brasl.

( Credibilidade - desafeto - desgaste - especulação )



Jadilma Arantes

Qual a receita para mudar ?


     Todos os anos eleitorais acompanhamos uma preocupação constante da população quanto ao andamento de campanhas e reeleições de políticos que acabaram não aprovados pelo povo. O interessante neste processo é que mesmo com toda essa reprovação vem a surpresa, aquele candidato obteve a reeleição. Mas como assim ? Ele não foi um bom homem do povo, não trabalhou direito e até acabou se beneficiando com o dinheiro público.

Será que os que tem direito ao voto estão errados ou simplesmente tem consciência do que andam fazendo ? Agora é que percebemos que acontece um vício popular : A venda do voto !! Trocar essa arma por um simples botijão de gás, saco de cimento, telhas ou até mesmo por uma cesta básica. A maioria das pessoas se deixa levar por uma solução provisória e acaba dando de bandeja o que o político realmente quer. Após as eleições o mesmo cidadão vai cobrar seus direitos que são censurados quando o reeleito passa na cara que não tem mais nada a ver pois já havia pago pelo voto.
Vimos inúmeros exemplos de políticos honestos que tentaram mostrar o papel de um vereador por exemplo, que não é o de pagar contas de água ou energia, ou algo assim, mas de cobrar do poder executivo obras e realizar projetos interessantes para a cidade. Sendo assim, a reeleição fica ameaçada pois o vício já está enraizado e mudar é sinônimo de suicídio político, fim de carreira. Ano de eleição mais uma vez, já estamos ouvindo as reclamações em qualquer município e as mesmas queixas, onde o povo promete mudar pelo menos 90 % de vereadores de uma câmara. O resultado ? Ano que vem os reeleitos dirão.


( reeleição – direito – voto – venda )



Eduardo Peixoto.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Existe diferença entre texto e discurso ?


    Estamos em um ano de eleição e por incrível que pareça é importante saber a diferença entre texto e discurso. Estaremos ouvindo propostas nas quais são de interesse público ou simplesmente particular. Aí surge a diferença. Quando acompanharmos um comício devemos estar atentos as propostas pois o fator social pesa muito nesse momento.

Existe uma diferença entre texto e discurso, o modo de falar ,de agir, de buscar base para transformar o que quer ser passado resultando em um poder de convencimento. No texto a pessoa organiza os elementos de expressão que estão a sua disposição para proferir o discurso, já o próprio discurso o homem fica preso a temas e figuras das formações existentes no âmbito social de onde está inserido.

O interessante é que no dia dia ficamos ouvindo lindos discursos e nos emocionamos com palavras que são de certa forma repetitivas ,ou seja, são sempre os mesmos textos, nada único mas sempre dá certo. São baseados em figuras, temas para atingir o psicológico de quem ouve e acabam resultando numa mobilização em grande nível social. Por trás de um simples discurso podemos destacar que ele é sempre inspirado em outras falas, ele simula um pensamento mas na verdade é algo em que todos querem cobrar ou brigar por algum direito. Se existir uma campanha pela paz então serão colocadas em um discurso as mesmas frases que costumamos ouvir como por exemplo: chega de armas, de guerra, devemos acabar com a impunidade, mesmo sendo algo que sempre ouvimos, ficamos emotivos, nos deixamos levar pelo momentos, pela questão que está sendo discutida. Um discurso cita outros discursos para conseguir seu objetivo, tipo como diria o ex presidente Lula, nenhum brasileiro deve morrer de fome, a partir de então se consegue a empatia da grande maioria pois o emissor sabe do carinho com o político.

Já o texto é levado a um pensamento individual, para ser compreendido deve apresentar ideias organizadas, no texto não existe a preocupação geral, se fala o que pensa mesmo que não agrade a grande maioria. Podemos exemplificar a homofobia, algum político pode em pleno pronunciamento ler um texto onde diz que todo homossexual deveria ser preso, banido do país alegando opiniões pessoais e mais nada, deste modo, podemos considerar um texto onde não houve a preocupação no âmbito social e não foi algo copiado e sim criado individualmente.

E o que você tem a ver com isso ? Tudo! O voto é único, é importante, uma arma que nós temos para dar rumo ao nosso país, então quando ouvir propostas saiba que existe um discurso e se ele é bem feito ou simplesmente se as propostas se baseiam em um texto que nele só surgem interesses pessoais.




Tópico – A trapaça discursiva.



Eduardo Peixoto – Jadilma Arantes



terça-feira, 15 de maio de 2012

Garanhuns perde espaço político por falta de consciência.

    O que acontece com a cidade de Garanhuns ? Porque perdeu o título de cidade das flores para Gravatá ? Qual o real motivo de indústrias serem apenas instaladas em outros municípios ? De quem é a culpa ?

Perguntas e mais perguntas sem respostas só vem aumentando durante os últimos dias. Garanhuns não está ganhando espaço pela falta de consciência da própria população. Não existem protestos, cobranças formais por seus direitos em cima de representantes da cidade. O que vemos é uma ideologia totalmente regressa diferente de outros lugares, os políticos acabam ludibriando com explicações sem fundamento e as questões ficam por isso mesmo.

O discurso do prefeito, vereadores e do deputado Izaías Régis é sempre o mesmo, de que não conseguem verbas e precisam de mais representantes que possam ajudar a defender a cidade do ex presidente Lula. O discurso é bem feito, porém não existe nenhuma fundamentação quanto as perdas que Garanhuns vem tendo. O sistema goza de certa autonomia em relação a formações pessoais, eles alegam a falta de estrutura ao não pagamento de impostos, rateios e ficam sempre nesta mesma tecla. O certo é que a ideologia do povo é diferente de outros munícipios quanto buscam seus direitos protestando, cobrando, brigando até que algo se resolva. A autarquia de trânsito de Garanhuns não fiscaliza o que devia, as praças estão em reforma faz mais de um ano, Não existe UTI, SAMU, UPA, entre tantas benfeitorias que existem em cidades de menor porte.

As eleições estão próximas e costumamos ouvir que ninguém será reeleito, que serão votados apenas homens de vergonha e essa novela sempre é vista e no fim, o quadro é sempre o mesmo, votos comprados por migalhas e  depois o arrependimento mútuo que sempre acontece.  Segundo Marx e Engel a linguagem é a consciência verbal,  ela constitui o fato sociológico, é questão de pensamento. Sabemos que um vereador não é obrigado a pagar contas, comprar remédios, dar dinheiro ao povo, mas se hoje deixar de fazer acaba não tendo mais votos sendo fadado ao fracasso. Esse problema é um fato social que deve começar do berço, educação, caso contrário, jamais haverá mudança.

Enquanto a população de Garanhuns não cobrar, não lutar pelos direitos e  se corromper, ficará sempre atrás de municípios de menor porte que sabem valorizar o pouco que é oferecido por eles.


" Matéria baseada no livro linguagem e ideologia de José Luiz Fiorin"





Eduardo Peixoto