quarta-feira, 16 de maio de 2012

Existe diferença entre texto e discurso ?


    Estamos em um ano de eleição e por incrível que pareça é importante saber a diferença entre texto e discurso. Estaremos ouvindo propostas nas quais são de interesse público ou simplesmente particular. Aí surge a diferença. Quando acompanharmos um comício devemos estar atentos as propostas pois o fator social pesa muito nesse momento.

Existe uma diferença entre texto e discurso, o modo de falar ,de agir, de buscar base para transformar o que quer ser passado resultando em um poder de convencimento. No texto a pessoa organiza os elementos de expressão que estão a sua disposição para proferir o discurso, já o próprio discurso o homem fica preso a temas e figuras das formações existentes no âmbito social de onde está inserido.

O interessante é que no dia dia ficamos ouvindo lindos discursos e nos emocionamos com palavras que são de certa forma repetitivas ,ou seja, são sempre os mesmos textos, nada único mas sempre dá certo. São baseados em figuras, temas para atingir o psicológico de quem ouve e acabam resultando numa mobilização em grande nível social. Por trás de um simples discurso podemos destacar que ele é sempre inspirado em outras falas, ele simula um pensamento mas na verdade é algo em que todos querem cobrar ou brigar por algum direito. Se existir uma campanha pela paz então serão colocadas em um discurso as mesmas frases que costumamos ouvir como por exemplo: chega de armas, de guerra, devemos acabar com a impunidade, mesmo sendo algo que sempre ouvimos, ficamos emotivos, nos deixamos levar pelo momentos, pela questão que está sendo discutida. Um discurso cita outros discursos para conseguir seu objetivo, tipo como diria o ex presidente Lula, nenhum brasileiro deve morrer de fome, a partir de então se consegue a empatia da grande maioria pois o emissor sabe do carinho com o político.

Já o texto é levado a um pensamento individual, para ser compreendido deve apresentar ideias organizadas, no texto não existe a preocupação geral, se fala o que pensa mesmo que não agrade a grande maioria. Podemos exemplificar a homofobia, algum político pode em pleno pronunciamento ler um texto onde diz que todo homossexual deveria ser preso, banido do país alegando opiniões pessoais e mais nada, deste modo, podemos considerar um texto onde não houve a preocupação no âmbito social e não foi algo copiado e sim criado individualmente.

E o que você tem a ver com isso ? Tudo! O voto é único, é importante, uma arma que nós temos para dar rumo ao nosso país, então quando ouvir propostas saiba que existe um discurso e se ele é bem feito ou simplesmente se as propostas se baseiam em um texto que nele só surgem interesses pessoais.




Tópico – A trapaça discursiva.



Eduardo Peixoto – Jadilma Arantes



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